História do CEAMIG

XXIV. Novamente desfeito o sonho

O Centro voltava a se preocupar com o público de um modo geral, haja visto com as palestras e o retorno do programa de rádio, o número de associados veio com isto a crescer novamente. Isto fez renascer novas possibilidades de Belo Horizonte ter o seu sonhado planetário.

Foram feitos diversos contatos para entendimentos entre o CEAMIG e a Prefeitura municipal da cidade que tinha como prefeito o Dr. Oswaldo Pieruccetti. A diretoria do Centro pleiteava uma área no parque municipal da cidade para a instalação do equipamento, e a prefeitura entraria com o pessoal para administração.

Bernardo Riedel, custeando suas próprias despesas, embarcou para o Rio de Janeiro e lá manteve contato com o representante da Zeiss no Brasil, conseguindo por seu intermédio um financiamento de 10 anos, com juros de 6 % ao ano.

Posteriormente Bernardo foi a São Paulo e, em visita ao planetário da capital paulista, foi informado do interesse da Universidade de São Paulo em vender aquele equipamento para a aquisição de outro mais novo.

Mas os entendimentos com a prefeitura de Belo Horizonte por cargas D`água e só Deus sabe de quem, fora desfeito, e as negociações foram paralisadas e não mais retomadas.

E mais uma vez a aspiração de muitos que trabalhavam para a criação de um centro de cultura em Minas, era engavetado nas escrivaninhas quando muito, ou então encontrava endereço certo na mais próxima lata de lixo; até parece que determinados caramunhões trabalhavam contra o desenvolvimento cultural do povo.

Quanto ao problema de um local para ser ministradas as palestras, estava por hora resolvido, Hércules P. Neves desta vez superou a expectativa de muitos. Ele solicitou o auditório do colégio Santo Antônio na Rua Pernambuco 880, aos padres daquela instituição de Ensino que receberam o CEAMIG com o carinho que, desde os tempos dos Edifícios Acaiaca e Imeco o pessoal não tinha, e nesta época que aparecem no centro figuras que hoje, se posso ter o direito de chamar-lhes de amigos, vou até mais longe e os chamos de Irmãos.

E com o maior orgulho e carinho que falaremos destas pessoas em " Sonhos e Realidade, o despertar de Paixões ".

 
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Introdução
I. Dª Zininha Wykrota

XX. Histórias da Piedade e Mateus Leme
XXI. Muniz Barreto, este "Homem da Lua"
XXII. O Centro e suas sedes
XXIII. A volta dos Mistérios
XXIV. Novamente desfeito o sonho
XXV. O Museu de História Natural
XXVI. Como Willian Herschel
XXVII. Cristóvão, este jovem curioso
XXVIII. Cursos e Observações
XXIX. A Exposição de Astronomia e Astronáutica
 


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