História do CEAMIG XXV. O Museu de História Natural Bernardo Riedel, como professor da UFMG, conseguiu mais tarde resolver mesmo que parcialmente o problema da sede do CEAMIG, o Museu de História Natural da UFMG, um dos pontos mais bonitos de Belo Horizonte, que abriga Ciências como a botânica e a arqueologia, poderia também abrigar a astronomia, porque não ? Quando o CEAMIG foi para o Museu de História Natural, era pensamento de Bernardo, levar para lá não só o centro mas também o CPG (Centro de Pesquisas Geológicas), a Sociedade Orquidófila Mineira, enfim, todas estas entidades que divulgam a Ciência seja ele geológica, botânica ou astronômica, atendendo ao público numa faixa que a universidade não atende. E curioso notar que na área interna do Museu, na época que o centro ali sediou-se, já estava instalada uma luneta Zeiss de 150 mm e de 2250 mm de distância focal. O que mais chama a atenção para este aparelho é a sua história. " O ditador alemão Adolf Hitler, no auge de suas conquistas durante a segunda guerra mundial, deslumbrado com o sucesso das bombas voadoras V-2, solicitou a um de seus astrônomos que percorresse a Alemanha, em busca de um aparelho que rastreasse a sua trajetória durante o vôo, e mandou instalar a luneta na costa do Atlântico. Mas o Fato é que um aparelho astronômico não é o instrumento ideal para seguir a trajetória de um foguete, pois tem um campo visual muito reduzido, e como comenta o Dr. Muniz Barreto, ... o aparelho designado para vislumbrar o céu simplesmente recusou-se a mirar o inferno. E assim este aparelho foi colocado de lado, pois não cumpria os propósitos de Hitler. Pois bem, acabado o holocausto da guerra, um professor da Universidade Federal de Minas Gerais em visita à Europa, encontrou este equipamento abandonado num ferro velho, e como tal foi comprado como sucata, sendo trazido para a universidade. Por ocasião dos trabalhos na Piedade, esta luneta quase foi instalada na serra juntamente com os demais aparelhos que foram adquiridos na Alemanha, fora feito um trabalho de recuperação total da luneta, sendo sua parte ótica recuperada no Observatório Nacional e a mecânica nas oficinas da própria universidade. No entanto o professor Francisco de Assis Magalhães Gomes preferiu instalar este equipamento na imensa área verde do Museu de História Natural. A área próxima ao prédio que abriga esta luneta é enorme e não era utilizada, e foi pensamento do centro construir ali um parque astronômico. Bernardo Riedel juntamente com Afonso Gonçalves e Teodorico Gonçalves Neto, trabalharam com afinco no projeto. Era um projeto simples, que consistia na construção de um relógio de sol e de pilares para a colocação de pequenos telescópios, mas a universidade na época passava por uma séria crise financeira e a idéia foi colocada de lado. Bernardo ao longo do tempo já sentia-se cansado e era seu pensamento passar a presidência do centro a uma pessoa capaz de substitui-lo na árdua missão de divulgar a astronomia, mas conseguira contornar o problema de uma sede para o CEAMIG deixando-o num dos locais mais belos que esta cidade possuí, e que já foi um dia chamada Cidade Jardim: |
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