História do CEAMIG

VI. Um sonho que ainda não se tornou realidade

O posto observacional instalado na praça Milton Campos não comportava o pessoal que ali se dirigia para poder observar o céu em noites estreladas, e foi desativado, devido a precariedade de suas instalações e a falta de segurança do local, tanto que, em uma certa noite um fato tanto o quanto desagradável veio a ocorrer. O pessoal de nosso centro e as demais pessoas que ali se encontravam fora vítimas de um assalto à mão armada por um elemento que por ali transitava. Mas uma vez a ajuda do maior astrônomo do Universo veio a fazer com que o desafortunado larápio não levasse nada mais do que o dinheiro dos que ali estavam presentes, deixando todo o equipamento, assim como tudo o mais que ali estava intacto.

Com isto então nascia o desejo de ter em Belo Horizonte um planetário para atender a população, haja visto que com a fundação do centro, os programas de rádio e as palestras colegiais o interesse do público aumentava consideravelmente em torno da astronomia.

Começaram-se assim contatos com a Zeiss para o fornecimento do equipamento. A Zeiss ofereceu uma viagem à Alemanha para membros do governo, Magalhães Pinto, que também havia manifestado enorme interesse no equipamento, numa reunião ficou mais ou menos acertado que provavelmente seria instalado o planetário no bairro da Gameleira.

Estes representantes do governo embarcaram para a Alemanha, mas ninguém viu chegar equipamento algum em solo mineiro e o mesmo acabou por não ser instalado na capital mineira, ninguém tomou conhecimento do que teria ocorrido na Alemanha com os respectivos compradores e vendedora; e aqueles por sua vez retornaram a Belo Horizonte sem o tão sonhado Planetário.

Após este fato ter ocorrido, foi tentado com o novo governador do Estado, os meios para tentar trazê-lo para Belo Horizonte, mas este não demonstrou interesse na aquisição do referido equipamento, afirmando que na terra haviam coisas mais importantes que no céu e que deveriam ser tratados com mais urgência, e esquecendo que ele próprio sempre fora um aficionado pela música.

 
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Introdução
I. Dª Zininha Wykrota

II. O Obs. Nacional e o Eclipse de Bocaiúva
III. O Eclipse de Bocaiúva
IV. Os mistérios do Firmamento
V. O Centro de Estudos Astronômicos César Lattes de Minas Gerais
VI. Um sonho que ainda não se tornou realidade
VII. A lei de Utilidade Pública
VIII. Os Mistérios na TV
IX. Um presente que caiu do céu
X. Do marasmo surge a SEA
XI. O Brasil e a União Astronômica Internacional
 


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